Mente sã, corpo são

Olá campeões, mais uma semana falando sobre a relação mente x corrida. Provavelmente você já terminou o seu treino sentindo uma sensação de bem-estar interior. Se ainda não sentiu isso, já ouvi relatos de corredores que tiveram essa experiência. Muitas dessas sensações são relatadas como ação de um hormônio chamado endorfina. Mas será que só a endorfina é capaz de produzir a mudança psicológica realizada pela corrida? A endorfina é um hormônio produzido pela hipófise, que terá receptores em neurônios que atuam no estado emocional e na dor. É um hormônio endógeno, ou seja, produzido pelo próprio corpo em situações de estresse físico ou emocional. No caso da questão física, quanto maior o estresse no corpo, maior será sua concentração no sangue. A concentração aumenta em atividade de 70% a 80% da frequência cardíaca, em qualquer situação que provoque um estresse moderado ou alto para o corpo, seja a atividade aeróbica ou anaeróbica. Alguns corredores relatam que, após 30 minutos de corrida, sentem uma sensação prazerosa, e é após esse período que pesquisas comprovam uma liberação maior desse hormônio também por que algumas pessoas nunca sentiram seus efeitos. Provavelmente o baixo condicionamento não permite a continuidade da corrida por meia hora. Outros corredores relatam a diminuição da dor após um período de corrida, ou mesmo não percebem alguma lesão ocorrida durante o treinamento. Devemos estar bem atentos a essa questão, pois a ação desse hormônio pode mascarar algumas lesões, chagando a agravá-las. Na parte fisiológica, a ação da endorfina é bem parecida com a de algumas drogas, sendo inclusive chamada de ‘opióide endógena’, isto é, um ópio produzido pelo próprio corpo. São conhecidas como ópio a heroína e a morfina. Independentemente dessa questão não podemos negar diversos casos de corredores que sofrem com a abstinência dos treinos (seja por viagens ou lesões), chagando até casos de depressão. Mente sã, corpo são... Obs: Nesse final de semana estaremos realizando mais um treino daqueles inesquecíveis. Trairí ae vamos nós.

Atenciosamente, Bruno Capelo Professor dos Amarelinhos