terça-feira, 10 de maio de 2011

Doador: O elo entre a cura e a vida.

Semana passada nós postamos um resumo da batalha vivida pelo pequeno Kaio em busca de um doador de medula óssea compatível. Para a felicidade de sua família e de todos que torcem por sua cura, Kaio já encontrou um doador na Alemanha e aguarda os procedimentos para a realização do transplante.
Hoje vamos postar sobre o outro elo da doação de medula óssea, o DOADOR. Vamos reproduzir na íntegra a reportagem da Fundação Icla (icla.org.com) sobre Nivaldo, um brasileiro que mora na Flórida-EUA e que se cadastrou voluntariamente para doação de medula óssea em 2008 e que em fevereiro de 2011 ao constatar-se compatibilidade com um paciente que sofria de leucemia, aceitou submeter-se ao transplante de medula óssea. Além da história de solidariedade é interessante observamos o depoimento do doador em relação ao procedimento rápido e indolor.

Um dos maiores dramas de pacientes que sofrem de leucemia é a dificuldade em encontrar um doador compatível. Todos os anos cerca de 14.600 pessoas com idade entre 0 e 65 anos, poderiam se beneficiar de um transplante de medula óssea. Nem todos conseguem a tempo.

Mas graças ao baiano Nivaldo Neto, 24, residente da Flórida há 11 anos, uma dessas vidas será salva. Depois de assistir a palestra de um dos funcionários da Icla da Silva Fundation, em 2008, ele ficou tocado com a situação dos pacientes e decidiu se cadastrar no banco de dados da fundação. Três anos depois Nivaldo foi surpreendido com a notícia que ele era compatível com um paciente de leucemia.
“Foi em fevereiro deste ano. Eu estava trabalhando quando uma funcionária da Icla da Silva me ligou dizendo que tinham a possibilidade que eu fosse compatível com uma pessoa”, explica Nivaldo. “Ela me perguntou se eu gostaria de prosseguir com o processo. Aceitei na hora”, diz ele.
Nivaldo foi levado para fazer coleta de sangue para determinar se a compatibilidade realmente existia. “Quando a gente se cadastra, a única coisa que fazemos é passar um cotonete na boca. O exame de sangue é para comprovar de fato a compatibilidade”, disse.
Três semanas depois ele recebeu a notícia de que era 100% compatível com a paciente. Uma série de exames se seguiu para determinar se Nivaldo estava com saúde normal para o transplante. Os testes incluíram exames físicos, raio-x, eletrocardiograma, além da aplicação de injeções por cinco dias.

No caso de Nivaldo, o transplante não foi cirúrgico. O processo,
semelhante ao tratamento de hemodiálise, não é dolorido. “Dizem que cada caso é diferente. No meu caso eu não senti dor, apenas um incômodo na hora de colocar as agulhas. Uma onde sai o sangue, que passa por uma máquina, e outra aonde entra. Durou três horas e 40 minutos”, diz. Mas para Nivaldo, o processo de doação não é nada comparável ao problema que um paciente de leucemia passa. Ele ainda incentiva as pessoas a se cadastrarem. “Para quem doa é apenas um incômodo que dura três horas e pouco, mas para quem recebe é a chance de viver”, diz.

Fonte: News: ICLA on the News - Brasileiro ajuda a salvar vida com doação de medula óssea | ICLA - Bone Marrow Donor Center

Algumas observações sobre a matéria acima:

*Fundação Icla da Silva tem como missão dar apoio logístico, emocional e financeiro aos pacientes com leucemia e seus familiares como também educar e registrar possíveis doadores de medula óssea.
*Nos EUA o cadastro para doação de medula óssea é feito através de uma amostra de material coletado através de um cotonete passado da mucosa da boca, caso exista possibilidade de compatibilidade é que fazem a coleta de sangue, diferentemente do que é feito no Brasil onde o cadastro se dá pela coleta de 5ml de sangue.
*Existem duas formas de se fazer o transplante, no caso de Nivaldo como disse a matéria o processo não foi cirúrgico. As duas formas são:
- Máquina de Aférese(caso de Nivaldo):
Coleta realizada pela máquina de aférese. O doador recebe um medicamento por 5 dias que estimula a proliferação das células-mãe, que migram da medula para as veias e são coletadas por acesso de veias periféricas. O processo de coleta por aférese dura em média 4 horas, até que se obtenha o número adequado de células. O único efeito colateral do medicamento é que ele pode causar dor no corpo, como uma gripe.
- Punção Direta:
Coleta realizada com agulha, na região da bacia. Retira-se uma quantidade de medula equivalente a uma bolsa de sangue. Para que não haja dor, é realizada anestesia e o procedimento dura 40 minutos. O doador fica em observação por um dia e após esse período pode retornar a suas atividades normalmente, não restando nenhuma cicatriz, apenas a marca de 3 a 5 punções de agulha.
Hoje Conhecemos a história de Nivaldo Neto de 24 anos, que por um gesto de solidariedade e amor ao próximo foi doador de medula óssea, salvando a vida de uma pessoa que sofria de leucemia sem nem mesmo conhece-la. Nivaldo teve um grande gesto, e qualquer um de nós, estando em condições de saúde e na faixa etária de 18 e 55 anos, pode se unir também a essa corrente de solidariedade e amor ao próximo! Fica aqui o exemplo de Nivaldo e suas palavras de incentivo: “Para quem doa é apenas um incômodo que dura três horas e pouco, mas para quem recebe é a chance de viver”.

Postado por: Acamocinense

Um comentário:

  1. Tenho certeza que também um dia serei compatível com alguém que esteja precisando. Seria uma benção poder ajudar quem precisa. Para quem ainda não cadastrou-se, não perca a chance, e se vc tem alguma dúvida confira nossas postagens anteriores. Informe-se: http://contabilistacampeao.blogspot.com/2011/04/tire-suas-duvidas-sobre-doacao-de.html

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